Cuidados Pós Operatório
ESAI 2
Inserção de cateter de demora
Um cateter urinário de demora (cateter de Foley) permanece na bexiga para permitir drenagem contínua de urina. Um balão inflado na extremidade distal do cateter evita que ele saia da bexiga depois de inserido. Cateteres de demora são usados mais comumente para aliviar distensão da bexiga, causada por retenção de urina e para permitir drenagem urinária, quando o meato estiver edemaciado devido a parto, cirurgia ou trauma local. Outras indicações para um cateter de demora incluem obstrução do trato urinário, retenção de urina, infecção, e alguma doença em que o débito urinário do paciente tenha que ser monitorado.
* Um cateter de demora é inserido por meio de técnica estéril e somente quando de necessidade absoluta.
* A inserção precisa ser feita com cuidado extremo para evitar lesão e infecção
PROCEDIMENTO:
- Confirmar a identidade do paciente
- Explicar o procedimento e oferecer privacidade
- Se o paciente for:
1. Sexo feminino: coloque na posição supina, com os joelhos flexionados e separados e os pés apoiados sobre a cama.
2. Sexo masculino: em posição supina, com as pernas estendidas e apoiadas na cama
- Lavar as mão e colocar as luvas
- Fazer a higiene intima do paciente
- Colocar protetor na roupa de cama entre as pernas e os quadris do paciente.
- Para criar um campo estéril, abrir o kit comercial ou a bandeja do equipamento e colocá-lo entre as pernas da paciente ou perto dos quadris de paciente do sexo masculino.
- Calçar luva estéril
- Utilizar um agente limpador antisséptico
- Aplicar lubrificante na ponta do cateter; acoplar a bolsa de drenagem à outra extremidade do cateter. (Assegurar-se de que as extremidades do equipo permaneçam esterilizadas e que o clamp no orifício do esvaziamento da bolsa de drenagem esteja fechado para prevenir vazamento)
- Antes de inserir o cateter, inflar o balão com água esterilizada ou solução salina para verificar se há vazamento.
- No caso de pacientes do sexo feminino, separar os grandes lábios e os pequenos o quanto possível com o dedo polegar, médio e indicador de sua mão não dominante para que tenha uma visão completa do meato urinário. Manter os lábios bem separados durante todo o procedimento, para que não atrapalhem a visão do meato urinário ou contaminem a área após a limpeza). Com sua mão dominante, usar pinça de curativo estéril (ou pegar chumaço de algodão com pinças de plástico) e esfregar um dos lados do meato urinário com um só movimento descendente. Esfregar o outro lado com nova pinça estéril ou chumaço de algodão da mesma maneira. Esfregar diretamente sobre o meato com outra pinça ou chumaço de algodão. CUIDADO PARA NÃO CONTAMINAR A LUVA ESTERIALIZADA. Segurar o cateter com a mão dominante e preparar-se para inserir a ponto lubrificada no meato urinário, empurrando o cateter 5 a 7,5 cm; ao mesmo tempo em que mantém separado os lábios; até que a urina comece a fluir.
- No caso de pacientes do sexo masculino, segurar o pênis com a mão não dominante. Se ele não for circuncisado, retrair o prepúcio. Delicadamente, erguer e retesar o pênis a um ângulo de 60 a 90 graus. Mantê-lo assim durante todo o procedimento para deixar reta a uretra e manter um campo estéril. Usar a mão não dominante para limpar a glande com a pinça de curativo estéril ou chumaço de algodão estéril, presa por pinça. Limpar com movimento circular, iniciando no meato urinário e afastando-se dele. CUIDADO PARA NÃO CONTAMINAR A LUVA ESTERIALIZADA. Segurar o cateter com a mão dominante e preparar-se para inserir a ponto lubrificada no meato urinário, empurrando o cateter o cateter até a bifurcação e checar se há fluxo urinário. (Se o prepúcio foi retraído, recolocá-lo na posição certa para evitar comprometimento circulatório e edema com dor)
- Quando a urina parar de fluir, acoplar a seringa para insuflar o balão para manter o cateter no lugar dentro da bexiga.
- Pendurar a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga para evitar refluxo urinário
- Descartar adequadamente os itens usados
- Registrar o procedimento

Referência Bibliográfica: Springhouse. As melhores práticas de enfermagem. Ed. Artmed, 2010


Referência Bibliográfica: Springhouse. As melhores práticas de enfermagem. Ed. Artmed, 2010